"Bom dia. Que neste novo dia possamos nos abandonar à vontade de Deus, confiantes de que Ele sabe o que é melhor para nós. Que possamos entregar a Ele nossas preocupações e medos, sabendo que Ele cuida de nós com amor infinito e providência divina. Que você tenha um dia santo!" -
O São Martinho (590-665) foi o último papa da igreja católica a ser martirizado. Após a sua morte, a Igreja reconheceu a sua luta pela defesa da natureza única e divina de Jesus Cristo.
Naquele tempo, o Império Bizantino era a maior força militar do ocidente e a nomeação dos papas deveria passar pela aprovação do imperador, que durante o papado de Papa Martinho I, era governado por Constante II.
Os atritos entre o Império e a Igreja tinham um assunto em especial: a postura monotelista do imperador Constante II, ou seja, Jesus Cristo tinha duas naturezas, a divina e a humana. No entanto, a Igreja sempre acreditou, e é assim até hoje, que Jesus Cristo tem apenas uma natureza, a divina (monofisista).
Papa Martinho I foi a voz forte da Igreja durante todo seu papado, entre 649 e 664, tendo que confrontar Constante II durante todo esse tempo. Em suas pregações, Papa Martinho I sempre defendeu a natureza única e divina de Cristo, inclusive reafirmando as doutrinas da Igreja Católica no Concílio de Latrão.
Papa Martinho I dedicou sua vida às crenças em Deus e na fé.
No entanto, confrontar as decisões e opiniões do Império era praticamente uma sentença de morte. Assim, Constante II, não podendo decretar a morte de um papa por interesses políticos, determinou a prisão de Papa Martinho I com o pretexto de julgá-lo.
Preso, o papa foi condicionado a torturas e condições extremas, como frio e fome. Em nenhum momento houve um julgamento justo. Em nenhum momento o Papa Martinho I deixou sua devoção.
Ele era um senhor de 75 anos quando faleceu, devido aos maus tratos do Império Bizantino. O único milagre creditado relatado a Papa Martinho I foi durante uma tentativa de assassinato enquanto rezava uma missa. O criminoso, na iminência de apunhalar o papa, ficou cego e fugiu.
Papa, mártir, santo. São Martinho compreendeu a mensagem de Deus sobre sua missão e a cumpriu honrosamente. Sua devoção e fé foram sempre maiores do que a dor poderia suportar, mas ele persistiu.
O dia 13 de abril é uma data especial para lembrarmos da sua história e quão forte podemos ser quando acreditamos em Deus.