Por Andréia Alexandre – Equipe Jornalismo PASCOM
Ludovico Pavoni, nasceu na Itália, no dia 11 de Setembro de 1784, numa cidade chamada Bréscia e foi fundador da Congregação Religiosa dos Filhos de Maria Imaculada, conhecida popularmente como Religiosos Pavonianos.
Sentiu o chamado de Deus para ir ao encontro das crianças e jovens, que por ocasião da guerra, ficaram órfãos, espalhados pelas ruas com fome, frio e sem ter o que fazer, e pior, sem nenhuma perspectiva de futuro. Decidiu ajudá-los, chamando-os para o seu Oratório (lugar onde se reuniam, para rezar e brincar), e depois os ensinou a arte da marcenaria, serralheria, tipografia, escultura, pintura, e muitas outras coisas.
Naqueles anos de fome e de guerra, quando a miséria, as doenças e as armas se tornaram aliadas importantes para exterminar os pobres, Ludovico Pavoni teve uma intuição genial e profética, “educar, abrigar e instruir” os jovens pobres, abandonados ou desertores que eram, de fato, numerosos na Itália de 1.800, tanto nas cidades, como no campo.
Ordenado Padre em 1807, Ludovico Pavoni se dedicou desde o início á educação dos jovens, e criou o “seu” orfanato, para abrigar os adolescentes e jovens necessitados. Já como secretário do bispo de Bréscia, conseguiu para aqueles jovens, fundar o primeiro “Colégio de Artífices” e depois em 1821, a primeira Escola Gráfica da Itália, o Pio Instituto de São Barnabé. Em 1838, nasceu a Escola para Surdos-Mudos.
Para colocar em prática todo esse projeto, o vulcânico Padre bresciano empregou tudo de si, do bom e do melhor, chocando-se com as autoridades civis e com as eclesiásticas. Sair recolhendo os jovens pobres e abandonados pelas ruas, era algo que batia de frente com rígidos costumes sociais e morais da época. Por mais de uma década, Pavoni se debateu entre cartas, pedidos, súplicas e solicitações.
Nos quatro cantos do mundo, os pavonianos, administram tudo o que possa estar relacionado á formação destes jovens: comunidades religiosas, escolas, institutos de formação profissional, centros de recuperação de dependentes químicos, asilos, pensionatos, orfanatos, creches, paróquias, cooperativas, centros de juventude, livrarias e a editora Âncora, na Itália.
Padre Ludovico Pavoni, faleceu no dia 1 de abril de 1849, durante a última das dez jornadas brescianas, de uma pneumonia contraída durante uma fuga desesperada; organizada na tentativa de proteger os “seus” jovens das bombas austríacas, Padre Ludovico, sempre dizia: “O repouso será no Paraiso”.